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27 de julho de 2011

O caminho.

Desde o gênese, fui instado a percorrer um caminho a qual que não precisei de búsula precisa para encontrá-lo, pois eu mesmo o encontrei. Mas não o encontrei por novidade, pois as pisadas que ali estavam eram frescas e incontáveis. A bem da verdade, sinto que fui predestinado para o tal, pois não há atalhos ou caminhos alternativos. Todos devem passar por ali. Desde Adão, o pioneiro do caminho, todo o homem que experimenta nascer passa por ali, inevitavelmente. Como também nasci, passo também por ali. O caminho não é difícil, embora poucos saibam qual destino o caminho dará. Todavia, as notícias que temos daqueles que se desviaram do caminho, dizem que os que lá chegaram, morreram. Mas não há escolha: ou passamos por ali ou persistiremos em permanecer num útero, o que nenhuma mãe que se preze deixará - ela quer mais que saiamos!

Bem na entrada do caminho existe uma porta larga e espaçosa. O convite é um tanto provocante. Ao andar pelo caminho errante, encontro prazeres e sensações fascinatórias. Que bom que minha genitora me expulsou daquele cubículo! ao longo do caminho, encontro flores e fezes, prazeres e pesares, aventuras e desventuras. Não sei o que virá pela frente, só sei que eu quero sempre mais daquilo. "Nunca se satisfaz" é o lema do que percorre o caminho. Mas um dia aquilo enjoa.

Andando melindroso pelo caminho que, outrora tão fascinante, agora tão sombrio, vejo uma placa pequena, de madeira, que aponta para um caminho inverso. O caminho se chama curiosamente "O Caminho". Tento entrar no novo caminho, mas não consigo. O meu EU, irritado comigo, diz que se eu for, nossas relações estarão cortadas, mas a minha alma clama pelo caminho inusitado. Na minha briga comigo mesmo, percebo ao lado um aviso que diz: "Teantropos". Sem saber ao certo o que me foi anunciado, grito bem alto aquele enigma e uma força sobrenatural me puxa para o novo caminho. Sigo em frente. À frente, encontro pessoalmente Àquele ao qual clamei, o Teantropos, o Deus-homem, e a partir dali, não sou eu quem ando apenas, mas Ele comigo. O caminho, diferente do outro que vim, é estreito e cheio de 'não-me-toque'. Não pode isso, não pode aquilo, faça isso, faça aquilo... mas a bem da verdade, encontrar o Teantropos me satisfez plenamente.

Deste novo caminho, há como ver o caminho a qual vim e o seu temido destino: é um portal escuro, com animais sombrios na porta. Aqueles que entram, são imediatamente tragados por toda a eternidade. Para alguns, esse destino é ainda mais horrendo. Mas aqueles que seguem ao Teantropos, seguem seguros, sem medo do que virá pela frente, aliás, se passarmos por algum desafio, o Teantropos passará também, pois não está longe de nós. Até que chegamos, mas o destino não nos é permitido falar, tal qual apocalipse. Só sei que, depois que encontrei o caminho da vida, pude andar seguro ao lado de Cristo, e Este, a me guiar.

Cleison Brugger.

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