Tudo o que pensamos, vivemos, sentimos, queremos.

26 de janeiro de 2012

Salve, salve!

Salve a madrugada, salve o silêncio, salve o sono, salve a Coca, salve o trem e o barulho que faz aqui em frente.
Salve os amigos , salve o Salva e as comidas que ele faz.
Salve a Vila, a Freguesia, salve o Chico, salve a poesia, salve os vestidos, salve a saudade, salve o passado, o presente e o futuro.
Salve os chatos, os legais e os mais ou menos. Os essenciais, salve e salve. Salve os grandes, salve os pequenos.
Salve Cartola, salve Tom e Vinícius, salve o samba e nos salve do pagode. Salve as rodas, as cantigas, os coretos e as marchinhas.
Salve a malandragem, mas só a boa. Salve o futebol, minhas pernas e meus dribles.
Salve a madrugada, as corujas e morcegos, salve as estrelas, salve Garrincha, seus dribles, e a tortidão de suas pernas.
Salve o mar, salve o vento, salve as fogueiras, os acampamentos, salve as conversas ao pé do ouvido, salve os amigos de ontem e de hoje.
Salve a lua, salve a lua, salve a lua, a cheia, a crescente e a nova, a minguante não. Salve a míngua da tristeza e a abundância da alegria.
Salve o Rio, salve o Rio, salve o Rio, seu solo, seu subsolo, seu mar, salve sua gente boa, salve sua alegria escancarada.
Salve o amor, salve a dor, salve a vida, salve os que dormem, aos que trabalham, salve aos que dormem no trabalho. Salve os que só dormem.
Salve o careca, salve o sarará, salve as crianças, salve o corriqueiro, o ordinário, salve o extraordinário, mas só de vez em quando.
Salve o alumbramento, salve Pessoa, salve Drummond, salve Veríssimo, mas só o Érico, salve o futebol, salve os olhos que enxergam, que também vejam.
Salve a minha noite, salve o açaí e tudo o que se faz com ele, salve o wifi, salve as redes abertas, salve a Vila Maria, salve Santa Teresa e o Catumbi.
Salve os Mercados Municipais do mundo todo, mas só os que servem pastel de queijo mineiro, salve a Tubaína, e a Guaranita também.
Salve o salve, salve os que salvam, salve o Salvador, salve a salvação, salve o salvar, salve e salve.

Fabricio Cunha

16 de janeiro de 2012

Um amor que jamais acaba

Ah, o namoro! Que fase bonita! um casal de namorados são comparados a um casal de pardais. Se entreolham, se abraçam, se amam. Há uma reciprocidade na relação de dificil comparação. Realmente, é um privilégio quando se acha a "cara metade".
Quando namoramos, ansiamos pelo momento em que encontraremos nossa paixão. Existem namoros (os mais conservadores, digamos), onde os namorados só se vêem aos sábados, ou as Quintas, ou seja, um dia apenas na semana. Quando o dia marcado se aproxima, ficamos num estado de êxtase. Queremos porque queremos ver aquele que amamos. Quando o momento acaba, parece que passamos um tempo menor do que o esperado e ficamos desolados. Isso acontece porque o relacionamento está atado pelos laços do prazer e do amor. É bom estar com a pessoa amada, por isso, queremos o casamento: queremos estar cada vez mais perto daquele(a) que amamos.

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças. ( Marcos 12.30)

Quão grande pecado é quando valorizamos estas coisas mais do que Deus. Muitos de nós dizemos que amamos a Deus, mas nossa vida diária, nossos desejos, paixões e prioridades revelam o completo oposto. Parece que falar com Ele é intediante e, por isso, reservamos pouco tempo para a oração. Para não sermos injustos, oramos antes de dormir para não sermos taxados de "mal agradecidos". A leitura bíblica também é chata. Não há prazer em ouvi-lo falar. Meditar nas Escrituras? ora, eu até li, mas não prestei muita atenção. O jejum se tornou uma prática obsoleta e extinta, embora frequentemente requeremos alguma "prova de amor".

Amar de lábios não é amor. Quando, de fato, amamos, queremos provas deste amor. Os que, de verdade, amam a Deus, como Paulo consideram "tudo como perda diante da vantagem suprema que consiste em conhecer Jesus Cristo, meu Senhor" (Filipenses 3.8). Quando temos a Deus, até podemos amar outras coisas, mas não amamos nada mais do que a Deus, porque Ele é a realidade mais impressionante do Universo e o Tesouro pelo qual daríamos as nossas vidas para ter. Quem ama a Deus não acha que o "Orai sem cessar" (1Ts. 5.17) é um exagero. Na verdade, eles não sossegam enquanto não oram. E se não podem orar, emudecem. E quando podem orar, dizem: "Doce hora de oração!". Orar para os que amam a Deus não é uma obrigação moralista, e sim, um prazer que flui do amar ao Senhor. Amar a Deus acima de tudo é amá-lo mais que a nossa própria vida! é considerar tudo como perda e Cristo como ganho! é dizer para Deus: "Senhor, lembra de como eu sou feliz quando estou com meu namorado, mesmo depois de passar longos dias sem vê-lo? então, tudo aquilo é NADA, comparado ao prazer que tenho em Ti!"

Cantar que "Não temos outro bem além do Senhor" é coisa séria! implica afirmar com a nossa vida que até aquilo que consideramos mais prazeroso, somos capazes de abandonar, se isso afetar nossa relação com Deus. O salmista disse: "Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente" (Salmo 16.11). Me responda: existe algo mais pleno que a plenitude? me responda novamente: há algo mais perpétuo que perpetuamente? então, são exatamente estas as palavras que o salmista usa para expressar quão valiosa é a presença do Senhor, é o estar com Ele, é o tê-Lo acima de todas as coisas. De fato, ninguém consegue oferecer mais do que o Senhor. Os prazeres deste mundo passa, mas a alegria que vem de Deus, é plena e perpértua. Ninguém oferece mais do que o Senhor!

Vem provar do amor que Ele tem ♫

Paz à você,
Cleison Brugger.

9 de janeiro de 2012

Tempo meu, tempo eu


Andei pensando e cheguei a uma conclusão: Preciso de um tempo meu!
Sim, um tempo meu, tempo eu.
Um tempo onde eu possa ser egoísta sem atingir ninguém.
Sei lá quanto tempo! Cinco, quinze minutos, uma hora, dias talvez.
Agora não sei mesmo, mais isso só eu decidirei ou perceberei.
Um tempo para que eu possa me ouvir. E ouvir só a mim, que fique claro! Sem ofensas, não me entenda mal, mas convenhamos que existam momentos de tanta turbulência que não conseguimos sequer nos escutar. E nós precisamos disso, precisamos nos entender minimamente. Não acha?!
Chega a ser irônico, mas é necessário pôr os dedos nos ouvidos e tapá-los para que, assim, eu ouça o retorno do que eu digo e o que eu penso de mim mesma.
Eu preciso reaprender a falar comigo – tarefa aparentemente fácil, não?! Mas é muito complicado! Transferirmos isso para voz ativa, e assim conseguirmos agir.
E a teoria nos engana mais uma vez.
A prática grita: - Vamos, reaja! Coragem!
Ao ler, parece tudo tão louco, talvez até incoerente. Mas nesse tempo meu, o eu vê coerência, e afinal, não é isso que importa?
É, realmente preciso de um tempo eu.


Anne Albuquerque