Tudo o que pensamos, vivemos, sentimos, queremos.

21 de maio de 2011

Teatro grego.

Fidelidade juramos à alegria e à felicidade, mesmo que para tê-las, precisemos buscar lá longe. Mas da lamúria, esta pantera, distância não nos é suficiente. Não sabes que ninguém vive de sorrisos? há momentos onde o ressoar do instrumento é profundamente melindroso.

Serei fiel aos meus sentimentos, sofrimentos e lamentos. Quando a alma está pálida, não há razão para mascarar o rosto. Não sou ator de teatro grego. Não quero cera em minha face, para mostrar o que nela não há. Quero que o passante contemple minha dor e, se não quiser pranteá-la, ao menos a respeite. Quero que as chagas que no interior está, se externem. Sim, não quero sorrir quando estou a sentir dores. Sou uma só gente; ou rio, ou choro.

E se, no caminhar do caminho, eu chegar a beira do rio, epitáfio quero que se escreva. Não amigos, não parentes, não amores. Se alguém deve escrever o que no meu túmulo se lerá, esse alguém é o passante. Que ele escreva do que viu, e que seja sincero no que irá transcrever. Que reproduza: "estava cheio de amargura, e esta tal o levou a ingrata morte, mas hipocrisia não se viu em nenhum de seus momentos. Se riu, riu, mas se chorou, foi porque cessou o riso".

Cleison Brugger

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