Tudo o que pensamos, vivemos, sentimos, queremos.

15 de julho de 2011

Constatações.

Finalmente, agora é dia; entretanto, a noite já vem.
Finalmente, o Sol raiou; entretanto, a escuridão virá a flux.
Finalmente, o trem chegou; entretanto, já se prepara pra partir.
Finalmente, já cresci; entretanto, ainda brincam com os meus sentimentos.
Finalmente, maduro sou; entretanto, ainda rio com frivolidades.
Finalmente, escrevo poemas; no entanto, ainda penso trivialidades.
Finalmente, não choro por coisas; entretanto, choro por gente.
Finalmente, as flores nasceram; entretanto, virão estações outras e logo morrerão.
Finalmente, a vida é boa; entretanto, a vida passa.
Finalmente, um infante nasceu; entretanto, amanhã é velório de algum alguém.
Finalmente, certo momentos me inspiram; entretanto, certos detalhes me preocupam.
Finalmente, sou um homem dado à integridade; entretanto, surrupio beijos e abraços.
Finalmente, preciso terminar o poema; para tanto, preciso saber como fazer.
Entretanto, se pararmos pra pensar, veremos que o poema tem tantos "entretantos" que os "finalmentes" só viriam pra somar.

BRUGGER, Cleison.

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