Tudo o que pensamos, vivemos, sentimos, queremos.

21 de abril de 2011

Um pouco sobre mim.

Sentimental. Sim, eu sou. Não muito, mas sou. Não, não é coisa de "mariquinha", aliás, todos nós somos um pouco. Qualquer valentão fica sensível e vulnerável ao ver uma criança de 6 meses de idade sorrindo; qualquer um exerce humanidade e fica sentimental ao contemplar a dor do semelhante.

Sou sentimental. Daqueles, que tem ciúmes de amigos, ciúmes da garota que está afim, que sente ao ver alguém mendigando, que sorri ao ver uma menina brincando, que se apega muito facilmente a uma nova amizade. Sim, sou desses. Não escondo quem sou. Aliás, preciso expor o pouco que sei sobre mim. Contudo, junto com todo este sentimentalismo, há em mim uma contradição: não choro facilmente. Não demonstro emoções, por mais fortes que elas sejam (embora eu as sinta profundamente). Consigo sorrir frente à grande dor e consigo enganar, em face rústica, a alegria em mim habitual.

Não sou um amor de pessoa, mas uma pessoa dada ao amor. Gosto da ideia de afetividade. Retribuo abraços. Não fico de beijos. Valorizo uma boa conversa. Aceito um convite para um café. Gosto de gente mais velha, que possua experiências que me possam repassar. Gosto do frio, da serra, de pinheiros e do cheiro de alfazema. Algumas poucas vezes, fico triste sem razão. Odeio cálculos, mas gosto de pensar. Exatas não é meu forte, minha área é humanas. Não sou orgulhoso, nem invejoso, mas geralmente sou exibicionista. Sim, este é um dos problemas diários que eu tenho lidado.

Poucas coisas me satisfazem. Um momento me inspira. Quando muito, uma pessoa. Sou tímido, não muito, mas o suficiente pra me privar de muitas coisas. Se num diálogo a conversa terminar, não conte comigo para pautar um próximo assunto. Não sofro com Transtorno bipolar, nem de personalidade, mas me adéquo ao momento, ao clima, as pessoas e a situação. Posso ser muito diferente; algumas vezes, irreconhecível.

A priori, sou gente, com dúvidas, medos, fantasmas interiores e pés no chão. Sei quando piso em terra, quando em barro e quando em mármore. Uma das características que mais admiro nesta minha personalidade falhada é a auto-crítica. Não sou de pedir opinião, pois sei quando algo está bom ou ruim, e quando algo me satisfaz. A coisa que, na minha opinião, é mais apropriada a ser feita e a mais eficaz a se buscar, é a oração. Valorizo um momento a sós com D-us. E assim, nas palavras de Alberto Caeiro, concluo: "sinto todo o meu corpo deitado na realidade, sei da verdade e sou feliz."

Prazer, sou gente como você.

Cleison Brugger.

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