Tudo o que pensamos, vivemos, sentimos, queremos.

1 de maio de 2011

Ansiedade.

Ansiedade. Quando vem, vem carregada de ferocidade e nenhum resquício de amabilidade. Vem e tira o sono, vem e tira a cama, vem e tira a calma, vem e nos adorna de incoerência. Traz com ela utopias, na maioria das vezes manipuladas para o (des)prazer e o (in)sucesso.  Quem não cai em suas garras, certamente não sabe o que é viver neste tempo secularizado e pós-moderno, regido pelas ansiedades. Vivemos ansiosos, e não temos culpa disto. Vivemos deste jeito porque frequentemente abrimos mão do "de sempre" e do comumente aceito para abraçarmos o novo, o inusitado, o interessante. O novo leva a ansiedade, nunca o velho. Eu não despertarei minha ansiedade para amanhã, se souber que farei as mesmas coisas que fiz ontem e hoje. Mas se no tal amanhã houver algo novo e eu souber que ele vem, ansioso estarei, pernoitarei de olhos fixos na realidade, até que venha. Posso perder uma boa noite de sono e ter dor de cabeça no dia seguinte, mas se o dia chegar, o motivo da minha ansiedade virá a mim e a tal irá dormir, até que apareça um novo motivo para me fazer ficar ansioso. Perderei cabelo, sono, unhas, lucidez, mas não a esperança. Prefiro ficar acordado pela ansiedade do que ir dormir desacreditado. Já diz o ditado: "há males, que vem para bem".

Cleison Brugger

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