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7 de janeiro de 2013

Menina do interior

Chegou de mudança em uma cidadezinha do interior, uma família bem humilde, pai, mãe e filha. Ora vejam: moreninha, sorriso branco, pele doce. Aquele cheiro de alfazema nas mãos, que só de encostar na gente já apaixona. No cabelo, uma tiara. Na verdade, tiara simples. Mas tudo o que aquela menina usava tinha um valor maior. A tiara mais parecia uma coroa naqueles longos cabelos rubros.

Chegou ali e encantou. As pessoas da cidadezinha ficam bobas com o jeitinho encantador da jovem, ela é diferente, tem uma coisa a mais. Conta-se que, certa vez, um menino meio bobo veio puxar assunto, dizendo: "belo dia o que está!", no que ela disse: "meu Pai que fez!", no que perguntou o moço: "quem é seu pai?" e ela respondeu: "O Rei dos reis" Ora vejam a fé da menina, ora vejam de onde ela brilha: a luz que dela reluz não vem de fatores outros senão da certeza de saber que seu Pai a tudo faz. 

O tempo passa e as pessoas a cada dia ficam mais apaixonadas pelo jeito da menina, e acaba que começam a chamá-la de Princesa. Pronto, pegou o apelido. Título, não sei. Só sei que a menina fazia jus ao que a ela titularam. “Essa menina é uma princesa”; “jeito meigo e delicado como o de uma princesa”, as pessoas diziam.

E Talvez, as pessoas chamavam a menina de Princesa por ela ser filha do Rei dos reis, ou pelo seu modo de viver ou pelo jeito carinhoso de tratar as pessoas. Não se sabe bem, mas ela encantava e brilhava e, na verdade, todos esperavam o dia em que o Rei viria para buscá-la, pois esta era uma história que ela contava com tanta certeza que as pessoas estavam já acreditando. Ela dizia com frequência: "O Rei está voltando!".



Por Cleison Brugger e Lorena Freitas

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