Quando girassóis murcham, é sinal de que o Sol não veio. É sinal de que não comtemplaremos sua plenitude.
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O aspecto dos girássois, em dias escuros, não é tão belo quando se tem o calor do Sol. Sua aparência é cálida, inexpressiva... eles murcham porque o dia não lhe trará boas surpresas. Os pássaros não
cantarão a melodia com tanta alegria, como o fazem ao contemplar o
resplendor do Sol.
Quando não se tem o Sol, os girassóis, murchos, viram a cara, olham para
o oriente, escondem-se do lugar donde o Sol se põe. Muito embora, de
vez em quando, olhem para cima nos montes, no afã de receber
algum tipo de atenção daquele que não veio.
Por todo o dia eles sentem a brisa, e em dias nublados sentem da chuva,
mas não podem sentir a alegria de olhar para Sol e contemplar sua
majestade. O Sol para eles é refrigério, é proteção, é carinho, é cuidado, é atenção! Existe uma reciprocidade única! Por todo o dia, eles se entreolham, e no
cair da tarde, existe a mais sublime forma de despedida, findando
assim, um dia repleto de afetos.
Mas a esperança dos girassóis que, por estarem sós, também estão murchos, é o dia seguinte. Nem o sereno da noite, muito menos o orvalho dos horários extensos podem
acabar com a esperança dos girassóis de ver raiar mais uma vez o Sol. E no começo do dia, sei, com muita alegria, os girassóis despertam. E olha, quem lá está! o Sol, ele que alegria dá aos girassóis que outrora estavam murchos.
E assim, no raiar de um novo dia, começa, com muita euforia, os pássaros a cantar a melodia de um cântico novo. E os girassóis, que murchos antes estavam, agora, alegres pelo nascer da
manhã, recebem, mais uma vez, afeto e carinho, daquele que para eles, é o quadrado perfeito da criação: O SOL.
BRUGGER, Cleison
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